Na última quarta-feira , dois ônibus de empresas parceiras da Buser foram apreendidos pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em São Paulo. A operação ocorreu próximo ao terminal da Estação Pinheiros, na Zona Oeste da capital, enquanto um dos veículos se dirigia para Belo Horizonte, em Minas Gerais. A ANTT informou que os ônibus estavam realizando viagens em regime regular, o que não é permitido para as empresas envolvidas.
A Buser, uma plataforma que opera no modelo de fretamento colaborativo, é autorizada apenas a realizar viagens fretadas. A apreensão gerou polêmica, uma vez que a empresa alega que as viagens intermediadas por ela sempre possuem as devidas licenças e autorizações. Em nota, a Buser classificou a ação como “pontual e, ao seu entendimento, equivocada”.
Os passageiros dos ônibus apreendidos foram assistidos pela Buser, que custeou o transporte substituto para que chegassem aos seus destinos finais. A empresa destacou que sempre busca oferecer suporte em situações adversas, reforçando seu compromisso com a segurança dos viajantes.
A ANTT, por sua vez, esclareceu que a fiscalização faz parte de suas atribuições para garantir a legalidade no transporte interestadual de passageiros. Os ônibus apreendidos estavam operando fora das normas, já que o regime regular exige uma série de autorizações e condições que não foram atendidas pelas empresas envolvidas.
No regime regular, as empresas devem seguir critérios rigorosos, como o pagamento de impostos e a oferta de gratificações para grupos específicos, além de operar a partir de terminais rodoviários. O regime de fretamento, por outro lado, é destinado a viagens em grupo, onde os passageiros viajam juntos e não podem ser desembarcados ao longo do trajeto.
A ANTT alertou que plataformas como a Buser não são regulamentadas diretamente pela agência, pois atuam como circulantes na venda de passagens, sem prestar o serviço de transporte. A fiscalização pode resultar em apreensões quando as empresas não possuem as autorizações permitidas.
Em resposta à compreensão, a Buser reafirmou que suas operações estão em conformidade com a legislação e que possuem respaldo legal, incluindo decisões judiciais que identifiquem a legalidade do modelo de fretamento colaborativo. A empresa espera que incidentes como este não se repitam, destacando seu compromisso com a segurança e a satisfação dos clientes.
Com mais de 12 milhões de clientes, a Buser continua a expandir as suas operações, oferecendo uma alternativa de transporte que promete ser mais acessível e eficiente. A situação actual, no entanto, levanta questões sobre a regulação do sector e a necessidade de um diálogo mais claro entre as plataformas de transporte e as autoridades competentes.